quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Um dia daqueles

Enquanto eu não despir a alma, das cascas do medo, da inquietação, da dúvida
Enquanto eu não me permitir ser eu mesma, não há autosabotagem que acabe.
O peso na alma é a consciência, e ela simplesmente não aceita
ser que estou sendo
Queria  ser calma, clara e suave, com uma doçura afável, mas sou ácida, explosiva...
Não sinto que eu sou errada, mas sinto que erro quando deixo massacrarem quem eu sou, dizendo o que acham que sou
As vezes me pergunto como sou tantas eu, e por vezes entendo que o meio ou me sufocam ou me despertam
Não sei fingir, não sei aguentar, sou tão imatura, quanto voraz

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Me perco a cada manhã, na qual eu me levanto apenas no intuito de alimentar as minhas frustações...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Acalantador

Serei o ombro amigo para você repousar, nos dias em que a alma não suportar mais
Serei o sorriso largo a cada manhã que necessitar começar um dia novo, assim eu te darei esperança
Terei o olhar mais sincero, quando me confiar os seus maiores segredos
Terei o abraço mais forte e acalantador, quando precisar de força para prosseguir
Verei em você o olhar mais brilhante, quando me contar os meus sonhos e planos
E o beijarei com a mais doçura possível, quando precisar se lembrar do poder que o amor possui...
Eu estarei aqui, sem nem mesmo me pedir...

Letycia Holanda

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Temporadas




Algumas pessoas são mesmo um mistério na minha vida. Não são como parte do meu passado, são como uma incógnita em meu futuro, e ainda sim não estão totalmente presentes.
Poderia dizer que são um Karma, mas pareceria algo ruim. Acho que sejam mais que isso.
Elas possuem uma ligação subliminar.
Há algo que nos une, e nos torna tão íntimos a ponto de não existir nada possível de se esconder.
É provável que sejamos velhos conhecidos, no instante exato que nos encontramos pela primeira vez.
Os segredos casuais são inexistes, nós transpomos o tempo real das coisas que vivemos.
É como se vivêssemos em tempos paralelos e viajássemos por eles. E em determinados momentos nós estarmos no mesmo lado, no mesmo espaço. E é ai quando vivemos as partes únicas de nossas histórias, quando nos tornarmos “eu e ele” por um curto período.
Com essas pessoas compartilhamos noites e segredos, pensamentos ocultos, olhares intensos e reveladores.
Mas ainda sim não é possível compreendê-las por inteiro e é ainda mais difícil de prevê quando estaremos novamente presentes, na mesma sintonia.
Quem sabe em um telefonema casual para saber se estamos bem ou em um encontro casual ou familiar.
Ou talvez requeira um esforço maior de nossa parte, mas algo inconsciente, apenas impulsionado pela saudade, pela falta.
Ainda não obtive certeza de nada, sobre o que somos. Apenas que somos parte de algo sublime.
Posso tentar uma analogia para entender, gosto de pensar nesta: acho que é como nossa respiração, às vezes intenso como a falta de ar, às vezes suave como um suspiro, mas sempre necessário...
Então, apenas respire...
Estarei aqui, onde quer seja o aqui.


Letycia Holanda

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Borboleta*

Será que essa ferida vai permancer assim?
Não vai cicatrizar?
Será que um dia, eu não vou me esquecer do que vivi com você?
A memórias vão ficar vázias?
Tenho medo de achar que você foi invenção da minha cabeça...
Que talvez essa dor seja só minha...
Ou os anos vão passar e eu vou sentir a sua falta, a ponto de não perceber que já faz muito tempo...
Será que vou continuar a encontrar o seu rosto nas pessoas?
E a te sentir por perto quando pousar e voar ao meu redor
As suas lembranças me invadem como um sonho bom, a ponto de te perceber aqui, agora...
Eu vejo você...
Enfim será que nossas vidas um dia vão se encontrar?
Quando perdemos alguém, perdemos um pedaço de quem somos, pois foi a companhia deles que nos tornaram especiais...
*Andreza


Letycia Holanda

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Adeus, e não até logo

De uns dias para cá, ando percebendo a necessidade de eliminar qualquer vestígio que eu possa ter da nossa história vivendo ainda dentro de mim. Não que a nossa não tenha sido bela ou repleta de bons momentos, mas hoje ela grita por um fim.


Sabe essas sagas que estão na moda, se caso algum dos roteiristas quiser retomar, não vai ser a mesma coisa, será apenas a tentativa desperdiçada. E é isso, já tivemos o desfecho que rendeu o bom final, e o que ocorreu após este capítulo foi excesso, demasia...
E pensar nisso agora tardiamente, me custou muito. Ainda que não me arrependa, isso foi uma doença sem cura.

De uns dias pra cá, eu notei que eu não tenho a mesma importância que você tem pra mim.
Não que seja a sua culpa, pois costumo valorizar demais as pessoas. Os meus amigos de verdade dizem sempre que intitulo facilmente um “estranho” como amigo,  e isso se deve ao fato de me apaixonar instantaneamente pelas pessoas, não por todas, mas pelas que despertam a minha atenção.

Apaixono-me pelo incrível, não necessariamente o que “senso comum” considera ser, mas aquilo e ou aqueles que despertam o que há de melhor em mim e ao mesmo tempo me incomodam.

E você foi assim, me envolveu e me intrigou. Trouxe a mim os sonhos raros, as expectativas ousadas, a simplicidade cativante.
E hoje em minha miscelânea de ser, sou um misto de você e outros...

Mas é somente isso, não pejorativamente, porém não posso mais carregá-lo em minha vida como se fosse uma das prioridades, a pessoa ideal que apareceu no “momento errado” e que o destino está esperando um novo espaço para colocá-la no “momento certo”.

Tenho que encarar que vivi uma história bonita, intensa, maluca, e que sou apaixonada pela sua pessoa, pela sua incrível personalidade. Contudo, tenho que fechar o epílogo desse livro, não esperar mais nada e me sentir livre...
Dizer um adeus, e não mais até logo.


Letycia Holanda

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Stand by

Desvaneios guardados temporariamente em minha Caixa de Pandora*.
Aguardando um novo espaço e a concretização de um sonho...


Letycia Holanda


*A Caixa de Pandora é um artefato da mitologia grega, tirada do mito da criação dePandora, que foi a primeira mulher criada por Zeus. A "caixa" era na verdade um grande jarro dado a Pandora, que continha todos os males do mundo. Quando Pandora abriu o frasco, todo o seu conteúdo, exceto um item, foi liberado para omundo. O item remanescente foi a esperança.
Pandora é simultaneamente a introdutora dos males mas também da força, da dignidade e da beleza, e a partir da abertura da sua caixa o ser humano não pode melhorar a sua condição sem enfrentar adversidades.