quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Adeus, e não até logo

De uns dias para cá, ando percebendo a necessidade de eliminar qualquer vestígio que eu possa ter da nossa história vivendo ainda dentro de mim. Não que a nossa não tenha sido bela ou repleta de bons momentos, mas hoje ela grita por um fim.


Sabe essas sagas que estão na moda, se caso algum dos roteiristas quiser retomar, não vai ser a mesma coisa, será apenas a tentativa desperdiçada. E é isso, já tivemos o desfecho que rendeu o bom final, e o que ocorreu após este capítulo foi excesso, demasia...
E pensar nisso agora tardiamente, me custou muito. Ainda que não me arrependa, isso foi uma doença sem cura.

De uns dias pra cá, eu notei que eu não tenho a mesma importância que você tem pra mim.
Não que seja a sua culpa, pois costumo valorizar demais as pessoas. Os meus amigos de verdade dizem sempre que intitulo facilmente um “estranho” como amigo,  e isso se deve ao fato de me apaixonar instantaneamente pelas pessoas, não por todas, mas pelas que despertam a minha atenção.

Apaixono-me pelo incrível, não necessariamente o que “senso comum” considera ser, mas aquilo e ou aqueles que despertam o que há de melhor em mim e ao mesmo tempo me incomodam.

E você foi assim, me envolveu e me intrigou. Trouxe a mim os sonhos raros, as expectativas ousadas, a simplicidade cativante.
E hoje em minha miscelânea de ser, sou um misto de você e outros...

Mas é somente isso, não pejorativamente, porém não posso mais carregá-lo em minha vida como se fosse uma das prioridades, a pessoa ideal que apareceu no “momento errado” e que o destino está esperando um novo espaço para colocá-la no “momento certo”.

Tenho que encarar que vivi uma história bonita, intensa, maluca, e que sou apaixonada pela sua pessoa, pela sua incrível personalidade. Contudo, tenho que fechar o epílogo desse livro, não esperar mais nada e me sentir livre...
Dizer um adeus, e não mais até logo.


Letycia Holanda